Repensando a avaliação da aprendizagem. In: VEIGA, Ilma P. A. (coord.) Repensando a didática. 21ª ed.Campinas, SP: Papirus, 2004.
A seguir a síntese de alguns pontos abordados pela autora no capítulo Repensando a avaliação da aprendizagem:
Kenski faz considerações sobre o ato de avaliar no cotidiano das pessoas, chamando atenção para o fato de como ele está presente em vários momentos da vida humana e como é um processo contínuo. Também afirma que esses julgamentos que fazemos diariamente não são neutros, ou seja, são influenciados por nossa historicidade e vão alterá-la, uma vez que despertam ponderações que vão orientar nosso aprendizado, na medida em que refletimos sobre nosso desempenho (erros e acertos, inclusive). Os julgamentos ou avaliações que fazemos são baseados em critérios que sofrem influência de condicionamentos sociais, políticos, econômicos, culturais e o contexto em que cada situação ocorre.
Para quem é avaliado, seja aluno ou professor, é importante tomar conhecimento sobre qual processo de avaliação foi submetido, quais os critérios e as condições considerados por seus avaliadores. O que é certo ou não, o que o aluno sabe sobe determinado assunto, é avaliado com base na ótica, na opinião e no posicionamento do docente. E nem sempre esse posicionamento fica muito claro para quem está sendo avaliado.
O processo da avaliação da aprendizagem dos alunos não corresponde somente ao desempenho do aluno em uma determinada disciplina, mas também articula-se ao projeto pedagógico da escola, e consiste em refletir permanentemente sobre as finalidades e os objetivos dos conteúdos vivenciados no cotidiano das aulas.
Avaliar a aprendizagem dos alunos consiste em uma parte integrante do processo de ensino-aprendizagem, pois, uma vez que o aluno compreende a multiplicidade de fatores que envolvem a tomada de decisões no processo de avaliação, esse conhecimento pode ser utilizado para reorientar o processo de ensino-aprendizagem, definindo as alterações que são necessárias.
Comentário
A tarefa de avaliar não é fácil, pois é muito difícil dar conta de todas as variáveis envolvidas no processo, sendo que muitas delas são subjetivas e não ficam muito explícitas. Talvez uma forma de tornar esse processo avaliativo mais eficaz seja definir quais são os objetivos que alunos e professores desejam atingir com as aulas, pois servirão de parâmetro para quais critérios que serão utilizados na avaliação do processo de ensino-aprendizagem. Também é importante que esses critérios fiquem evidentes a quem está sendo avaliado, pois, dessa forma, o resultado da avaliação pode ser utilizado para orientar quais as alterações e adaptações que são necessárias e que vão auxiliar em todo o processo educacional.
Além disso, acredito que é importante que, tanto os alunos quanto os professores, façam, constantemente, um exercício de auto-avaliação para verificar se estão, realmente, obtendo sucesso nos seus objetivos referentes ao processo de ensino-aprendizagem.
O mundo em que vivemos está em constante mudança e é necessário que as formas de avaliação do ensino também acompanhem na mesma velocidade para se adequar a esse novo contexto e às novas exigências educacionais que ele determina.
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